sábado, 22 de março de 2008

"Para dançar, eu leio"

Faz algum tempo que me sinto resignada com a falta de oportunidades de mostrar meu trabalho com a arte, assim como de meus colegas.
Na verdade, "oportunidades" existem, mas não nos valorizam com profissionais que estudam, e batalham por sua profissão, especialmente se for o ramo da arte.
São convites, de pessoas que "reconhecem o valor da arte", como apresentações gratuitas, em troca de comida, por uma divulgação.....
Putz!!!!!
Outra coisa que me deixa indignada, é que o povo de Lajeado parece que só dá valor ao produto que vem de fora, apresentações de teatro, dança, música clássica são eventos sociais, para ver e principalmente ser visto.
Não adianta dizer que a peça foi premiada, que apresentamos em Porto Alegre, em Santa Cruz...
Inúmeras vezes tentando apoio em empressas, e nada!!
Assim mesmo não desisto, bem estão surgindo oportunidades de trabalho fora, o melhor é aceitar, conciliar horários.
Mas fico triste em pensar, que o reconhecimento vem de fora, e aqui onde moramos, parecemos ter pouco valor.
Se fala no valor da arte em diversos aspectos, mas que não passam de discurso, como dizer que a arte é importante na educacação da crianças. Se arte fosse vista como algo importante, seria seguido na prática, ou ao menos as escolas tentariam trabalhar duas áreas das artes com profissionais qualifiacados.
Não sei para quê Parâmetro Curricular Nacional de Artes? Se as cidades que se intitulam poló, que trabalham em função do desenvolvimento educacional do cidadão parecem nem saber que o certo seria trabalhar as quatro áres das artes.
Se alguém questionar sobre isso, a resposta é que não é viável, não tem horários, espaço e muito mais! Poderia acrescentar que simplesmente não tentam, apenas colocam obstáculos.
Por mais incrível que pareça, eu pesquiso para interpretar personagens, leio para criar figurinos, cenários, e temos horas de trabalho na prática para construir cenários, figurinos, ensaios....
E para dançar, eu leio!

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